23 novembro 2009

Após uma breve viagem ao outro lado do Equador, voltei para São Paulo e já me afundei até os cabelos na vida teatral paulista, ensaiando, apresentando, assistindo espetáculos, criando performances, visitando amigos e indo a festinhas particulares em vilas arborizadas escondidas no coração da metrópole.

Mas o pensamento que reinou absoluto na minha cabeça nessa agitada semana em São Paulo foi O Que Posso Fazer com Tudo Isso?.
Uma viagem a um lugar com cultura diferente serve pra muitas coisas, e uma delas é deslocar um pouco o nosso ponto de vista sobre nosso cotidiano (ou algo parecido com um cotidiano) para um ponto de vista um pouco mais distante, relativizado com a experiência da viagem.

Nesse caso, todo o sistema econômico socialista cubano me apontou que poderíamos fazer muito mais arte com as condições que temos, desde que sejamos um pouco mais corajosos (o que inclui coragem governamental) para utilizar o teatro como identidade da sociedade.

É com um pensamento confuso e ainda não-estruturado assim que sigo hoje buscando rumos a tomar e mais coragem para fazer todos os planos que borbulham na minha imaginação fértil.
E também lendo Adventures in the Dream Trade do genial Neil Gaiman, percebi como um blog pode ser legal, e vim aqui correndo postar algo sobre o que tem acontecido comigo.